Paradoxo
de mim
Maior
trunfo, maior desafio. Maior brilho, maior medo. Maior talento, maior algoz.
Não precisamos de inimigos, basta nós mesmos. Somos nosso melhor amigo.
Paradoxo de mim.
Constatar
que nossa maior qualidade pode se tornar nosso maior defeito, trabalhando
contra nós quando não temos conhecimento, não aceitamos ou não sabemos como
canalizar da forma correta.
Fazer
as pazes com a sensibilidade que, no papel, é poesia, mas, na vida, é
vendaval. Dar as mãos para a exigência e
o perfeccionismo, que se esmera, porém não dá trégua. Olhar com fraternidade
para a tenacidade, que promove, mas não permite descanso. Acolher com ternura o
medo protetor, que nos priva da liberdade. Olhar nos olhos com compreensão para
o jeito desprendido de encarar a vida, que faz circular o ar em nossas
entranhas, no entanto, nos desorienta do foco da verdade. Paradoxo de mim.
Desafiar
o desafio, aceitando-o. Organizar a harmonia, desconstruindo-a e
ressignificando-a. Admitir-se só na concepção de criatura única para todo o
sempre. Alterar o rumo dos caminhos, transformando-se. Despolarizar é preciso.
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