Nem
mesmo a água suja e salgada que abastece o pequeno distrito de Serra do
Queimadão, na região baiana da Chapada Diamantina, tem conseguido calar a boca
e fechar os olhos dos quilombolas que habitam na região. A comunidade rural,
que vive no município de Seabra, próximo a cidadezinha de Boninal, foi
praticamente esquecida pelo poder público. No povoado, o analfabetismo impera
entre os adultos. Os moradores bebem água de péssima qualidade, quando o
carro-pipa não vem. Não têm direito a médico, emprego, transporte, saneamento
ou qualquer outro meio básico de sobrevivência. As famílias conservam, por
décadas, o mesmo parentesco. Homens, jovens e mulheres, sem esperança, migram
para São Paulo em busca de novos horizontes.
Quem
vai à comunidade quilombola rural de Serra do Queimadão, no município de
Seabra, a 478 quilômetros de Salvador, no coração da Chapada Diamantina, não
esquece jamais. O rigoroso contraste entre a pobreza socioeconômica e a riqueza
multicultural da população é um pedacinho triste do país ainda desconhecido
para milhões de brasileiros.
Não
se trata de nenhum paraíso tropical, cercado por relíquias naturais, cobiçadas
em meio ao “boom” turístico dos novos tempos. As casas erguidas com adobe –
barro cru – insistem em se manter de pé, em meio à terra seca, rodeada de mato
e caatinga, remontando um cenário típico das primeiras evoluções do século
passado.
A
água, que chegou há apenas alguns anos, não serve para beber. Os moradores se
queixam da falta de um agente de saúde. O posto médico, levantado por incentivo
da própria comunidade, está totalmente desativado. Não há médicos, nem nenhum
sinal de atendimentos por aqui. Os sanitários domiciliares não existem e os dejetos
são jogados a céu aberto, aumentando os riscos para a saúde. A falta de
saneamento básico se junta à ausência de iluminação nas ruas. O transporte
também é difícil nesta localidade.
As
atividades voltadas para a roça predominam e têm sido por décadas a tentativa
de “ganha-pão” de 55 famílias, residentes na região. O cultivo de milho, feijão
e mandioca, como em tantas áreas rurais do Brasil, nunca foi suficiente para
garantiro desenvolvimento sustentável. A comunidade tenta se organizar através
da Associação Quilombola de Serra do Queimadão, com 62 sócios: 25 homens e 37
mulheres.
Água
salgada - Segundo José Alcides da Silva, 56, presidente da associação e morador
do povoado desde que nasceu, a água que abastece a localidade é de péssima
qualidade e não serve para abastecimento humano. “A água é muito salgada.
Quando a gente bota uma chaleira para esquentar no fogão, tem uma química que
fecha o bico. Tudo isso por causa do salitre da água”, conta.
O
trabalhador rural explica que muita gente diz sentir “uma queimação nos
peitos”, quando consome a água. “Até eu mesmo comecei sentir que estava
queimando. E agora, apareceu o problema da mulher que estava internada em
Seabra e depois foi para São Paulo. Disseram que era barriga d’água. Aí,
levaram para UTI. Mas, um rapaz da comunidade me ligou, confirmando pelos
médicos que todo problema de doença da mulher veio dessa água.”.
Senhor
Alcides diz que é só deixar a água uns três a quatro dias numa vasilha e que
quando vai tirar está aquele sal coberto por cima, feito uma coalhada. “Essa
água destrói até resistência de banheiro, chega a destruir até a parte de
alumínio, imagine o intestino da gente”.
Os
moradores explicam que mesmo para tomar banho o corpo fica coçando. “Precisamos
de uma urgência, de um socorro. O pessoal de Saúde de Seabra já alertou: se
continuarmos consumindo esta água, nos próximos 10 anos, poderemos morrer todos
de câncer ou de outras doenças”, diz, inconformado.
Ele
lembra que há casos de morte no povoado sem explicação. “Teve um casal aqui que
morreu sem sabermos direito a causa. A mulher morreu primeiro, faltando poucos
dias para completar nove meses, o homem morreu. Era Jandira e Adão, dois
moradores daqui da Serra. Eram ainda novos, na faixa de 40 a 42 anos. Algumas
crianças também ficam inchadas”, alerta, enfatizando que esse tipo de água
abastece, além de Serra do Queimadão e de Capão das Gamelas, várias comunidades
quilombolas vizinhas.
Outra
vítima dos problemas causados pelas precárias condições de vida é Maria
Aparecida Mendes dos Santos, 37, mãe de quatro filhos. Já na adolescência, ela
passou por um AVC – Acidente Vascular Cerebral, derrame no cérebro que, segundo
especialistas em saúde, pode ser agravado pela ingestão de grande quantidade de
sal.
Como
muitas mulheres, jovens e homens do campo, além das questões relacionadas à
saúde, Maria compartilha com o marido a angústia da distância e do cruel
destino de quem tem que deixar sua terra para sustentar a família. Muitos vão
para outro estado para trabalhar como serventes, pedreiros e domésticos.
“Ele
saiu daqui no meio do ano com os olhos cheios de lágrima para trabalhar em São
Paulo e todo mês manda um dinheirinho para ajudar a sustentar a gente, aqui.
Não sei quando vem. É um sacrifício e uma dor que só quem vive é que sabe. Aqui,
a gente precisa de tudo: sanitário, casa para morar, água para ver se cria uma
horta, deescola, de uma igreja, de transporte e de respeito”, ressalta.
Forquilha
O
retrato da crise também está estampado no rosto de Dona Cardosina Maria da
Conceição, 48, casada com Valter José Cassemiro, e mãe de 10 filhos. Como a
maioria das mulheres de Serra, ela desconhece as letras. A lavradora conta que
há um ano vem se sustentando com a ajuda do bolsa-família de aproximadamente R$
140,00 e com o trabalho que sempre fez na roça, plantando mandioca,
feijão-de-corda e milho. Mas quando essa ajuda não vem…
“Fica
todo mundo na mão de Deus, não tem comida. Às vezes uns amigos ajudam, outras
vezes não. Hoje, mesmo, não tem nada. Nem para a noite, nem para o dia. Não tem
nada na roça, está tudo murchinho, sem chuva, morre tudo. A água salgada não dá
para molhar”.
O
marido dela deslocou a perna com três anos de idade e não agüenta trabalhar.
“Ele vai para a roça, mas não agüenta por muito tempo, por causa da perna – uma
é fina e a outra mais grossa. Aqui, também tenho um filho, Damião, mabaço, que
não mexe o braço. Foi na hora de nascer que aleijou, estava difícil de sair”.
A
conversa foi interrompida pelo meio por gritos que vinham detrás da casa. Eram
da pequena Cecília, de seis anos, que chorava pedindo socorro. Pai, mãe e
irmãos correram para ajudar. A menina havia ficado presa na forquilha – pau ou
tronco bifurcado. Estava confirmada mais uma vez a situação precária das
moradias na comunidade. A forquilha da casa de Cardó, como Dona Cardosina
também é conhecida, foi utilizada pelos pais para escorar uma parte da casa
ameaçada de cair.
Cardó
explica que a menina foi brincar, colocando a perna para o alto, na bifurcação,
ficou presa e quase quebrou a perna. “Essa casa não é minha. É de Maria Bela da
Silva, minha sogra, que já morreu. Mas, meu marido tem mais dois irmãos, que
são herdeiros, por enquanto estamos aqui, porque a casa que morava – de
enchimento de madeira – caiu há dois anos. Essa aqui, quando aparecem dias de
chuva,temos que chamar por Deus mesmo. Por isso, é bom usar a forquilha”,
defende o suporte improvisado, fruto de uma criatividade típica dos
desassistidos.
O
sonho de Cardó é ter uma televisão. As crianças, conta, dormem emboladas no
chão, sem colchão. Na casa, há uma cama velha de solteiro que usa com o marido
para dormir, cadeiras aqui também são difíceis. “Faz vergonha trazer uma
visita, mas tenho fé que Deus vai me ajudar”, reafirma, em meio à miséria, sua
fé.
Cultura
- O presidente da Associação de Baixão Velho e liderança quilombola, Júlio
Cupertino, 72, lembra que, num passado bem recente, os negros não sabiam dizer
o que eram remanescentes de quilombos, porque as escolas não ensinavam isso.
“Se dependesse de escola, seria analfabeto de pai e mãe. Naquele tempo, não
tínhamos escola pública. Não tinha merenda escolar, cadeira para sentar, nem
livros, nem caneta. Naquela época, para escrever, enfiava-se a madeira no
tinteiro. Quando pesava um pouco a mão, só riscava o bico. Tinha que levar o
banco de casa para estudar”.
Cupertino
disse que aprendeu a ler, escrever e fazer as quatro operações em 30 dias,
porque, com a falta de escolas, os negros só podiam aprender quando o pai podia
pagar aula particular. “Hoje, é necessáriovários meses, e até anos, para
aprender”, analisa.
Em
Serra do Queimadão, hoje, funciona um núcleo do PETI (Programa de Erradicação
do Trabalho Infantil), do governo federal, que atende alunos dos 7 aos 14 anos.
As atividades realizadas tentam amenizar os descompassos sociais e educacionais
visíveis.
A
única escola vai da pré-escola até a 3ª série. Quem quiser estudar mais tem que
se deslocar para a sede de Seabra a mais de 60 quilômetros. A professora Célia
Alves Neves diz que há muitas dificuldades para o ensino devido à distância do
povoado. “Lá, na sede de Seabra, encontramos melhor acesso às fontes de
pesquisa, mesmo assim, os alunos são muito interessados e desenvolvem as
atividades com gosto”, informa, lamentando as condições de vida da população
local.
Em
meio a tanta tristeza, carências, miséria e descaso social, ainda renascem as
tradições deste povo, multicultural e rico em suas raízes. A crença religiosa,
mesmo sem a celebração de missas e cultos, ganha força na devoçãoà padroeira
Nossa Senhora de Fátima e nos festejos de Cosme e Damião.
O
batuque – dança africana e brasileira acompanhada de cantigas e de instrumentos
de percussão, o reisado – dança dramática popular com que se festeja a véspera
e o dia de Reis -, a capoeira (arte praticada pelos jovens da Serra) e outras
manifestações da cultura negra estão presentes e, atravessando séculos, ecoam
do sangue de cada morador da comunidade.
Foi
para mostrar mais uma vez a fé, força, riqueza e beleza desta comunidade, que,
em pleno final de tarde de uma quinta-feira, o batuque – um samba contagiante e
gostoso – invadiu as ruas da esquecida localidade e desceu a Serra do
Queimadão, numa mistura de cor, ritmo, batidas e mistérios que, sem sombra de
dúvida, ainda fariam tremer e envaidecer os velhos quilombos. ta Rosa dos Santos,
63, mulher de Cupertino e chefe do batuque. O grupo já tem nove anos e, segundo
ela, foi idéia de Iêda, uma amiga de Boninal, que já trabalhava com isso. “Essa
dança é uma alegria que vem do coração. Gostaria que todo mundo aprendesse,
pelejo para ensinar aos mais novos, para essa festa continuar.
São
mulheres dos povoados da Lagoa, do Basílio, da Serra, do Baixão e do Agreste.
Tudo aqui da região”.
E
para não deixar morrer a tradição, Dona Arlinda Rosa, 97, mesmo de longe, em
sua casa, no alto da Serra, ainda entoa parte da cantiga “He, he, he….boiolé,
Maria…. Não posso mais dançar, porque meus pés doem”.
As
marcas cansadas do rosto, não escondem todo sofrimento vivido pela lavradora,
que ainda mora com a irmã Martinha, já com seus 92 anos. As duas contam que não
casaram, porque escolheram demais. “Aqui, a vida toda, sempre foi assim na
Serra do Queimadão. Morava na casa ao lado que caiu. Hoje, não quero mais
marido. A gente precisa é de água, de sabão, de consertar a casa”.
Todo
trabalho e vida sofrida dos moradores da Serra também são confirmados pelo
irmão de Arlinda, João Cosme dos Santos, 94. As mãos calejadas da roça não
deixam mentir. Ele, mesmo sem estudo, conta sua façanha:
“Aqui,
este posto de saúde fui eu que fiz força para chegar. Doei o terreno e até hoje
não tenho médico. Aquele espaço que devia funcionar a igrejinha também fui eu,
que saí pedindo. Mas, aqui, moça, não tem esse negócio de grandeza, não. A
gente é fraquinho de tudo mesmo, se me colocar pelo avesso não sai um tostão, e
o que chegar para cá agradeço”, conta, lembrando que, em sua época de moço,
trabalhava na enxada para ganhar apenas três tostões por dia – os três centavos
de hoje.
João
Evangelista: Luta em prol das comunidades quilombolas apresentou nos últimos
dez anos um crescimento tímido"". (Foto: Maria Augusta da Luz)
Política
quilombola - João Evangelista de Souza, 40, morador do povoado de Lagoa
Alagadiço e liderança quilombola regional, disse que a luta em prol das
comunidades quilombolas apresentou nos últimos dez anos um crescimento tímido.
“Nessas
últimas gestões da administração federal, foi dada maior importância à questão
das comunidades tradicionais. Percebemos essa mudança na política praticada
pelo governo nas áreas de saúde, moradia e energia. Hoje, por exemplo, estas
comunidades têm prioridade no programa Luz para Todos. Há uma cota em todos os
projetos do governo, embora nem todos os ministérios e secretarias obedeçam
isso. Mas, sabemos que há decreto e Lei que garantem os direitos da comunidade
nas políticas públicas”.
Ele
informa que na região da Chapada Diamantina algumas comunidades foram
reconhecidas há pouco tempo como quilombolas. Para isso, explica: primeiro a
comunidade tem que se autodefinir e encaminhar um documento à Fundação Palmares
para ser certificada. Depois de reconhecida é que é feito um trabalho de
antropologia, geralmente pelo Incra (Instituto Nacional de Colonização e
Reforma Agrária) e CDA (Coordenação de Desenvolvimento Agrário), da Secretaria
de Agricultura do Estado.
Depois
que os órgãos fazem a regularização fundiária, territorial, adquire-se o título
da posse da terra. Segundo Evangelista, seis das 11 comunidades de Seabra, já
finalizaram o processo de titulação e delimitação da área. Quatro estão em
andamento e apenas uma (Cachoeira da Várzea/ Mocambo da Cachoeira) não abriu o
processo ainda.
”Podemos
dizer que Serra do Queimadão é uma das comunidades mais carentes. Toda água
salgada em comunidade quilombola causa um dano maior do que em comunidade
comum, porque há uma tendência da raça negra a ter problemas de hipertensão e
anemia falciforme. O índice de sal aumenta a hipertensão e vêm os AVCs. E isso
é científico. É grande o índice de derramee a alta freqüência de outros
problemas de saúde”, explica Evangelista.
Ele
enfatiza que o sal é prejudicial aos rins, sendo também grande a incidência de
problemas de pedras neste órgão.
“Quando
não sofrem com a água salgada, padecem com a falta de qualidade dela. A
comunidade quilombola de Corcovado, no município de Palmeiras, não tem água,
luz, escola, nem estradas. O carro não vai lá, para ir tem de ser a pé”.
Para
Evangelista, com a falta de sanitários nessas localidades, a tendência é também
aumentar o índice de verminose, já que os dejetos não possuem a destinação
adequada e são jogados de qualquer jeito, contribuindo para a degradação
ambiental.
De
acordo com informações da comunidade, um projeto da Funasa (Fundação Nacional
de Saúde), em parceria com a prefeitura de Seabra, não foi concluído, parando a
construção de sanitários domiciliares, iniciada há cinco anos em algumas
comunidades quilombolas do município, a exemplo de Vão das Palmeiras, Morro
Redondo e Olhos D’água do Basílio.
Meio
Ambiente – Os prejuízos com o meio ambiente também não poderiam ser outros. Em
Serra do Queimadão, não há coleta de lixo e a água salgada que serve a
comunidade sai de um poço, na baixa do Baixão, cercado de sujeira. Aquilino
Marques dos Santos, 67, responsável por ligar e desligar diariamente a bomba de
água, conta que nos últimos dias teve que “fechar” a respiração para cumprir o
serviço.
“A
bomba sai de dentro do poço, chego lá antes das 6 da manhã, ligo e saio
correndo. Tinha vaca morta ali perto, virou carniça, por isso o lugar ficou
cheio de urubu. Mas, não chega a pegar na água, não”, explica.
Os
moradores mais antigos contam que em Serra já existiu, em décadas passadas, uma
fonte de água boa e doce, diferente da triste herança que vem sendo recebida
pelas novas gerações de quilombolas. “Com as queimadas, a água passou a ser
ruim. Agora, piorou para gente”, lamenta Maria Glicéria Cassemiro, 80, mãe de
sete filhos.
Ela
lembra que quando a comunidade surgiu o nome era João de Duvirgens, referência
ao primeiro morador João Celestino. Em Serra, curiosamente, todas as famílias
são parentes. “O cartório não aceitou e como existia o queimadão atrás da
serra, ficou sendo Serra do Queimadão”.
Glicéria
diz que o povo, em tempos passados, andava nas gamelas para pegar água. “Nessa
época, aqui, era tudo um “capoeirão”, do Baixãozinho até a Pedra D’água do
Agreste. Era uma fazendona, com gado, jegue, égua. Tinha que andar muito para
pegar água”.
A
entrega de água através de carro-pipa é feita pela prefeitura de Seabra, mas,
segundo os moradores, não têm regularidade. Outras ações municipais estão sendo
esperadas pela comunidade, não obtendo ainda êxito.
As
comunidades remanescentes de quilombos estão entre as principais riquezas do
país. Elas se constituem em espaços de preservação histórica, onde se projetam
a identidade étnica e a solidariedade mútua.
Quilombos
– Os quilombos foram formados pelos escravos que resistiram à escravidão
imposta pelo colonialismo e se refugiaram em territórios independentes. Eles
desenvolveram formas próprias de organização socioeconômica e cultural, o que
manteve os povos remanescentes de quilombos desintegrados dos processos
produtivos.
Com
o reconhecimento da propriedade definitiva das terras que ocupavam, a
Constituição de 1988 lançou luz neste isolamento e resgatou essa dívida
histórica com aqueles que investiram efetivamente seu trabalho no Brasil
colonial e foram destituídos de cidadania no início do século XIX.
O
Decreto 4887/2003, um dos principais avanços legais nesse sentido, está sendo
julgado pelo Supremo Tribunal Federal (STF). O documento define o que são quilombos
e estabelece os procedimentos administrativos para a titulação de suas
respectivas terras.O julgamento quer decidir a validade das regras que definem
se uma área pertence ou não a descendentes de escravos.
De
acordo com as fontes de pesquisa, as lutas pelo acesso aos direitos quilombolas
não cessam. As informações levantadas evidenciam ainda que as comunidades
remanescentes de quilombos estão entre as principais riquezas do país. Elas se
constituem em espaços de preservação histórica, onde se projetam a identidade
étnica e a solidariedade mútua.
A
Bahia é o segundo estado com o maior número de população quilombola do Brasil.
Do total de 1.886 comunidades certificadas pela Fundação Cultural Palmares, do
Governo Federal, mais de 500 estão na Bahia, das quais, 438 já são reconhecidas
pela Fundação Palmares.
<O
Observatório Quilombola publica todas as informações que recebe, sem descartar
ou privilegiar nenhuma fonte, e as reproduz na íntegra, não se
responsabilizando pelo seu conteúdo.>
Fonte:
Jornal da Mídia em 30/04/2012
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