a
Cúpula dos Povos é vista pelas comunidades tradicionais como o momento
apropriado para a discussão da justiça social e ambiental
Líderes
de religiões de matriz africana se reuniram nesta quinta na Câmara dos
Vereadores do Rio de Janeiro, região central da cidade, em um debate
preparatório para a 1ª Semana de Ecologia, Cultura e Cidadania dos Povos
Tradicionais de Terreiro. A programação fará parte da Cúpula dos Povos, evento
paralelo à Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável, a
Rio+20.
A
Cúpula dos Povos ocorrerá entre os dias 15 e 23 de junho no Aterro do Flamengo,
zona sul da capital fluminense. São aguardados cerca de 300 líderes
afrorreligiosos vindos de vários países. Durante a semana, os quase 30 mil
visitantes esperados no evento poderão se conectar com pessoas do Brasil e de
outras partes do mundo, por meio do projeto Terreiro Digital, resultado de uma
parceria com a Universidade Estadual do Rio de Janeiro (Uerj).
Os
povos de terreiro vão fixar suas bases de discussões em três eixos, para depois
elaborarem uma carta de orientação. O resgate da cultura tradicional e o
combate à intolerância religiosa devem ser alguns dos pontos centrais da carta,
segundo o dirigente da Rede Nacional de Cultura Ambiental Afro-Brasileira,
Aderbal Ashogum.
-
A nossa cultura religiosa é fundamentada nos elementos da natureza e no
comportamento dos indivíduos. Se você é parte da natureza, não pode agredi-la.
Tentamos dizer para as pessoas que elas são parte da Terra, e como todas as
coisas vão sofrer um processo de degradação – destacou.
Durante
a 1ª Semana de Ecologia, Cultura e Cidadania dos Povos Tradicionais de
Terreiros, líderes ligados às matrizes africanas serão capacitadas para
demonstrar a necessidade de políticas públicas para esse segmento.
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