“A
criatividade pode ser descrita como o abandono de todas as certezas”, diz o
roteirista Doc Comparato.
Inegável
que o mundo precisará sempre de boas ideias. E iniciativas. Pessoas que tenham
vontade de dar vida ao plano ideal. De viver o incerto. Acredito que as ideias
são animais não domesticados, arredios, que não nos obedecem. Mas também
acredito que, quanto mais nos empenhamos em adestrar estes selvagens, mais eles
cedem a nós.
As
ideias simplesmente aparecem, nos encontram ou são encontradas? Um ambiente
calmo é o ideal para favorecer este encontro? Ou quando menos esperamos, em
qualquer cenário, a boa ideia aparece? Acredito que o primeiro passo para ser
capaz de gerir idéias é estar disponível para elas. Na fase inicial, é preciso
deixar-se por conta da imaginação, da criatividade, de maneira livre, sem
limites ou autocrítica.
Para
ter uma inspiração é preciso sempre estar em busca de novas alternativas e
estar antenado aos fatores internos e externos da existência. Flexibilidade.
Ter ideias não é uma tarefa fácil. Por isso, ter a prática de registrá-las em
cadernos ou blocos é um bom hábito a ser adquirido por quem trabalha com a
criatividade ou simplesmente gosta de empreender.
O ponto de partida para ter uma boa ideia pode
ser as preferências e habilidades. Vale lembrar que as idéias podem ser:
extraídas da memória, da vivência pessoal; extraídas de um caso, comentário,
história que ouvimos; lidas em jornais, revistas, livros; podem ser transformadas,
isto é, inspiradas em roteiros de filmes, novelas, teatros, etc; pesquisadas;
ou até mesmo encomendada. São pontos de luz, rondando nossas cabeças, em busca
de espaço e energia suficiente para se manifestarem. À espera de uma mente
parceira e de um corpo executor.
“Geralmente,
as pessoas não têm coragem de enfrentar o papel em branco, têm medo da
incerteza, do não saber o que vai acontecer. As pessoas criativas são
exatamente aquelas que enfrentam esta incerteza”, analisa o psicólogo Abraham
Maslow.
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