Presidente de Comores, ilha do Oceano Índico, afirma que Até 2025, o aumento no nível do mar pode provocar o deslocamento de ao menos 10% da população.
A natureza não negocia. Portanto, enquanto os representantes para a clima entram em disputa sobre prazos, metas vinculantes e finanças, alguns dos países mais pobres do mundo estão alertando que o aumento no nível do mar e as tempestades irão varrer essas nações para fora do mapa, a não ser que o mundo concorde em combater o aquecimento global.
–Seremos um dos primeiros países a ficar debaixo d’água–, disse Foua Toloa, um político de Toquelau, uma ilha localizada entre o Havaí e a Nova Zelândia, que fica a apenas cinco metros acima do nível do mar. ”Somos uma nação pequena e frágil, muito suscetível aos desdobramentos ambientais e climáticos.”
O ministro de Relações Exteriores de Granada, Karl Hood, foi ainda mais direto. Ele preside a Aliança de Pequenas Ilhas-Estado (AOSIS, na sigla em inglês), composta de 43 países e cujos membros estão na linha de frente das mudanças climáticas.”Se não agirmos agora, alguns de nós irão morrer.”
Muitas ilhas de baixas altitudes já podem calcular o custo da crescente emissão dos gases de efeito estufa em termos de vidas perdidas, economias abaladas e paisagens transformadas.
–Até 2025, o aumento no nível do mar pode provocar o deslocamento de ao menos 10% da população– disse o presidente de Comores, Fouad Mohadji, aos representantes nas negociações sobre as mudanças climáticas, realizadas na cidade portuária de Durban, na África do Sul.
As águas do mar poderiam destruir 29% da rede rodoviária, 30% da infraestrutura hoteleira, da qual depende o turismo da ilha, 70% dos portos e aeroportos, gerando um custo de US$1 bilhão.
–Isso é o dobro do PIB do país–, afirmou.
Representantes de quase 200 países têm até o final desta sexta-feira para decidir se irão se comprometer com a assinatura de um acordo climático internacional até 2015, o que seria a data limite.
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