segunda-feira, 2 de julho de 2012

Soneto 17

 William Shakespeare


Se te comparo a um dia de verão

 És por certo mais belo e mais ameno

 O vento espalha as folhas pelo chão

 E o tempo do verão é bem pequeno.



Ás vezes brilha o Sol em demasia

 Outras vezes desmaia com frieza;

 O que é belo declina num só dia,

 Na terna mutação da natureza.



Mas em ti o verão será eterno,

 E a beleza que tens não perderás;

 Nem chegarás da morte ao triste inverno:



Nestas linhas com o tempo crescerás.

 E enquanto nesta terra houver um ser,

 Meus versos vivos te farão viver.

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