quarta-feira, 18 de julho de 2012

POROCA: Contém glúten

Contém Glúten

José Carlos L. Poroca
Executivo do segmento shopping centers
jcporoca@uol.com.br

O aviso do título é necessário para que não se diga que houve omissão, descuido ou negligência do autor. Também é importante para prevenir os que não podem passar perto ou sentir o cheiro do glúten. Por último, é necessário para informar a quem ainda não sabe que o glúten é uma substância fibrosa e pegajosa muito utilizada na fabricação de pães, macarrão, etc. Informo que desconhecia esse tal de glúten e só me interessei quando vi repetidas vezes em algumas embalagens o aviso de "não contém glúten". Outro grande responsável foi um documentário interessantíssimo que vi sobre a história do macarrão e a extensão de sua fabricação na China e em toda a Ásia. Vão pensar não estou levando o assunto a sério. Longe de mim esta possibilidade. Sei que a intolerância ao glúten, além de produzir diarreias, pode provocar reação que danifica o forro do intestino delgado e outros males.

O que estou querendo levantar, mas não tenho conhecimento para tanto, é tentar saber e comparar se o ocidental é menos resistente que o oriental. Estou me referindo aos chineses, japoneses, coreanos, tailandeses, butaneses, indonésios, etc. São bilhões de pessoas que se alimentam de macarrão de arroz ou de trigo, este com glúten, usado para dar mais consistência e mais resistência. Os caras são craques e conseguem produzir fios de macarrão com mais de dois metros de comprimentos. Os macarrões asiáticos são ingeridos de todas as formas e com centenas de acompanhamentos. Se acharem pouco, aí vai: o macarrão também é usado em cerimônias religiosas, casamentos (fertilidade) e aniversários (felicidades).

Quando vi o documentário, o nariz indicou: ooops!. Primeiro, porque sou comedor de macarrão e não sou chinês; segundo, porque cheguei à conclusão: estou morto e os que convivem comigo pensam que estou vivo. Não vão espalhar por aí, posso tirar algum proveito do meu estado de zumbi. Explico: se juntar as doenças que aquele programa de domingo diz que temos (eu também), somadas às bactérias que aquele médico famoso diz que carregamos (me too) e se adicionar a quantidade de 'bichinhos' que estão no nosso organismo, o coração parou há não sei quanto tempo. Adiciono os riscos da ida ao trabalho, de ligar qualquer aparelho doméstico, de ver o céu à noite e de ter que encarar um urubu de frente a mais de 2.000 metros de altura.

Os irmãozinhos chineses são mais espertos que os de cá. A cultura milenar ensinou aos nativos de olhinhos puxados que o corpo precisa de sustento: aprenderam a fazer macarrão com trigo original, com trigo sarraceno (mais escuro), com arroz, com soja e com mais algo que desconheço. Adicionam ovo e algum(uns) vegetal(is) que pode(m) ser plantado(s) e colhido(s) em terras altas ou baixas. Síntese: alimentados. Na China, "não tem boquinha" nem bolsa disso ou daquilo, afinal são mais de um bilhão de pessoas para comer todos os dias. Agora, o melhor da história: sabem o que se faz com o produto descomido? - Depois eu conto, acabou o espaço.


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