sábado, 9 de junho de 2012

Estudo da OIT identifica quase 21 milhões de pessoas vítimas de trabalho forçado no mundo

Quase 21 milhões de pessoas são vítimas de trabalho forçado no mundo, sendo 90% delas exploradas em atividades da economia privada, por indivíduos ou empresas, revela um estudo da Organização Internacional do Trabalho (OIT) lançado hoje (1/07). Já a participação de Estados foi identificada na exploração do trabalho forçado em 2,2 milhões dos casos, em prisões que violam normas internacionais ou atividades impostas por forças armadas rebeldes ou exércitos nacionais.

O estudo, intitulado “Estimativa Global da OIT sobre Trabalho Forçado 2012″, detalha as diferentes violações e a incidência nos setores da economia: 4,5 milhões (22%) são vítimas de exploração sexual forçada e 14,2 milhões (68%) são vítimas de exploração do trabalho forçado em atividades econômicas como agricultura, construção civil, trabalho doméstico ou industrial.

“Percorremos um longo caminho nos últimos sete anos desde quando apresentamos as primeiras estimativas sobre o número de pessoas em trabalho ou serviços forçados no mundo. Também tivemos progresso ao assegurar que a maioria dos países tenham uma legislação que penalize o trabalho forçado, o tráfico de seres humanos e as práticas análogas à escravidão”, declarou Diretora do Programa Especial de Ação para Combater o Trabalho Forçado da OIT, Beate Andrees.

Observando a idade dos trabalhadores forçados, 5,5 milhões (26%) estão abaixo de 18 anos. A região de Ásia e Pacífico apresenta o número mais alto de trabalhadores forçados no mundo, com 11,7 milhões de vítimas (56 % do total geral), seguida pela África, com 3,7 milhões (18%) e América Latina, com 1,8 milhão (9%).

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