terça-feira, 1 de novembro de 2011

O que é etnocentrismo.

Por Everardo Rocha

O etnocentrismo é uma tendência para julgar tudo em relação às normas e aos comportamentos do grupo social a que se pertence. Corresponde a uma percepção da vida e da sociedade do observador; faz da sua cultura a norma ou a referência na análise de outras realidades sociais.

Perguntar sobre o que é etnocentrismo é, pois, indagar sobre um fenômeno onde se misturam tanto elementos intelectuais e racionais quanto elementos emocionais e afetivos. No etnocentrismo, estes dois planos do espírito humano - sentimento e pensamento - vão juntos compondo um fenômeno não apenas fortemente arraigado na história das sociedades como também facilmente.

 Como uma espécie de pano de fundo da questão etnocêntrica temos a experiência de um choque cultural. De um lado, conhecemos um grupo do eu", o "nosso" grupo, que come igual, veste igual, gosta de coisas parecidas, conhece problemas do mesmo tipo, acredita nos mesmos deuses, casa igual, mora no mesmo estilo, distribui o poder da mesma forma empresta à vida significados em comum e procede, por muitas maneiras, semelhantemente. Aí então de repente, nos deparamos com um "outro", o grupo do "diferente" que, às vezes, nem sequer faz coisas como as nossas ou quando as faz é de forma tal que não reconhecemos como possíveis. E, mais grave ainda, este outro" também sobrevive à sua maneira, gosta dela, também está no mundo e, ainda que diferente, também existe.

O que importa realmente, neste conjunto de ideias, é o fato de que, no etnocentrismo, uma mesma atitude informa os diferentes grupos. O etnocentrismo não é propriedade, como já disse de uma única sociedade, apesar de que, na nossa, revestiu-se de um caráter ativista e colonizador com os mais diferentes empreendimentos de conquista e destruição de outros povos.

 Mas existem ideias que se contrapõem ao etnocentrismo. Uma das mais importantes é a relativização. Quando vemos que as verdades da vida são menos uma questão de essência das coisas e mais uma questão de posição: estamos relativizando. Quando o significado de um ato é visto não na sua dimensão absoluta, mas no contexto em que acontece: estamos relativizando. Quando compreendemos o "outro" nos seus próprios valores e não nos nossos: estamos relativizando. Enfim, relativizar é ver as coisas do mundo como uma relação capaz de ter tido um nascimento, capaz de ter um fim ou uma transformação. Ver as coisas do mundo como a relação entre elas. Ver que a verdade está mais no olhar que naquilo que é olhado. Relativizar é não transformar a diferença em hierarquia, em superiores e inferiores ou em bem e mal, mas vê-la na sua dimensão de riqueza por ser diferença.

 A nossa sociedade já vem, há alguns séculos, construindo um conhecimento ou, se quisermos, uma ciência sobre a diferença entre os seres humanos. Esta ciência chama-se Antropologia Social. Ela também possui o compromisso da procura de superá-lo. Diferentemente do saber de "senso comum", o movimento da Antropologia é no sentido de ver a diferença como forma pela qual os seres humanos deram soluções diversas a limites existenciais comuns. Assim, a diferença não se equaciona com a ameaça, mas com a alternativa. Ela não é uma hostilidade do "outro', mas uma possibilidade que o "outro" pode abrir para o "eu".

 A partir do Século XV/XVI- com descoberta do novo mundo começa a surgir a modelos explicativos das diferenças entre povos.

 Destes encontros, entre "eu" e a sociedade do "outro", surgiu a ideia de perplexidade por que ele o eu não conhecia o outro e assim o século e marcado pela perplexidade que mais tarde no Século XVIII/XIX vai surgir a ideia de evolucionismo que basicamente que outro possui um grau diferente de evolução do outro.

Foi neste contexto e, sobretudo a partir do século XVII que tomaram corpo as atitudes racistas não só em termos biológicos e cultural-simbólicos (o culto genealógico e a pureza do sangue branco designadamente aristocrata, o branco como sinal de pureza e personalização do bem e o negro como sintoma de impureza ou encarnação do mal), mas, sobretudo em termos econômicos e políticos, dando lugar a uma desenfreada exploração econômica (uso de trabalho escravo e, posteriormente, assalariado) e dominação política (negação de participação política, negação dos direitos de cidadania) aos negros, índios e outros povos considerados 'bárbaros' e 'selvagens'.

 A partir desse contexto surge a ideia de evolucionismo, que analisa os costumes pelos costumes analisando vários estágios, passando a considerar vários estágios do passado como sendo ele primitivos.

 No século XIX na Inglaterra Sir James, George Frazer e Sir Edward Burnett Tylor e, nos Estados Unidos Lewis Morgan, eles produziram trabalhos consistentes de que presença do homem sobre terra remontava a uma idade muito antiga. E surgir a necessidade do qual seria o medidor A CULTURA foi escolhida porque a partir dela saberíamos qual seria o mais avançados passando pelo estagio da selvageria, barbárie e civilização.

 A partir desse momento surgiu a relativização e a simplificação dos esquemas do evolucionismo, multiplicando o seu campo de estudos, que no século XX, que surgir para ideias e brilhantes pesquisadores.

 No século XX apos a primeira guerra mundial entra em seu período de maturidade, onde surgir a escola do ilusionismo ou escola americana, através do americano Fran Boas, procurou investigar muitas área de conhecimentos levando ele se ser copiados por vários pesquisadores que usaram suas ideias.

 A personalidade da cultura que muito relativizou comparando a sociedade americana com sociedades tribais fazendo fértil dialogo entre e eu o outro.

 Ruth Benedict e Margaret Mead desenvolveram um ideia um ideia que antropologia e psicologia, elas falam que o individuo e a cultura se influenciam mutuamente.

 O reducionismo que nada mais nada menos que explicar uma coisa partir de varias. O pensamento difusionista fala que temos estudar a historia concreta  de cada cultura e o processos de cada uma dessa estudadas.

 Edwar Sapir, antropólogo e linguista, visto como um dos mais brilhantes alunos de Boas procurou relacionar a cultura com com linguagem. Cultura e Língua,  para a Antropologia e a Linguística, é  a principal fonte de seu pensamento, assumindo a importância de ter dado muita substância e base para uma série de estudos de linguística e comunicação, onde o emprego da linguagem e as  suas diferenças de classes sociais nas chamadas sociedades complexas, industriais e contemporânea.

 Julien Steward ligou a a cultura ao ambiente que fica pressuposto a noção de que o ambiente e fator determinante que restringiu as opções culturais.

A importância deste grupo e de ter colocado questões de equilíbrio e preservação e muita dependência entre as culturas e destas com ambiente que se originaram.

 A partir desse momento surge a passagem do etnocentrismo para relativização. E momento quer ela acabar como o preconceito do eu do outro.

Radcliffe-Browm, ele da um corte teórico, da outras dimensões à Antropologia. “““ “O jogo “entre “eu” e do” outro” se mostrar tal como ela é.

Nesta linha, vamos ver que a busca de rigor teórico e precisão conceitual tem um papel importante a desempenhar no conjunto de sua obra.

O funcionalismo que genericamente pode ser visto como um movimento que recobre uma parte muito significativa da produção antropológica caminha inexoravelmente no sentido de empurrar o estudo do "eu” e do "outro" da "diferença”, para fora do etnocentrismo.

Malinowski foi grande viajante da antropologia. O significado de seus estudos  na expressão de trabalho de campo ,para  Antropologia e para processo de relativização e de extrema se será visto um pouco mais adiante .

Émile Durkheim, ele explica categoricamente a ruptura: o social não se explicar pelo individual. Assim ele afirmar que fato social pela consciência individual investe contra possibilidade de ser diluir o objeto específico da Sociologia e da Antropologia a simples consequências e de outros tipos de fenômenos.

Lévi-Strauss ele falou que antropologia procurar conhecer a diferença, não como ameaça a ser destruída, mas como alternativa a ser preservada, seria uma grande contribuição ao patrimônio de esperanças da humanidade.
A partir da leitura deste livro eu posso afirmar que relações etnocêntricas devem ser alteradas, em prol de uma melhor convivência entre os povos e do bem estar em geral dos seres humanos.

E por isso eu acho que a contribuição para minha formação e que puder entender como como pessoas podem ser etnocêntricas e racistas quando fazem uma analise de sua sociedade em detrimento de outra. E por isso que nos temos que mudar essa visão.


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