segunda-feira, 30 de janeiro de 2012

Antropologia Visual - 4ª parte

5. Do registro das técnicas materiais e rituais e das palavras e sonoridades para os novos campos da antropologia – antropologia da arte, antropologia do design, cultura visual

A antropologia visual ou antropologia da comunicação visual9, como alguns autores preferem denominar essa área de investigação-ensino (Sol Worth, Jay Ruby, Massimo Canevacci, Paolo Chiozzi), centra-se em três objetivos principais: a utilização das tecnologias de som e da imagem na realização do trabalho de campo (qualquer que seja a situação em que esta faça parte da estratégia mais adequada de pesquisa); a construção de discurso ou narrativas visuais (o uso das tecnologias na apresentação dos resultados da pesquisa – nos museus, no ensino, na comunicação com o grande público – na estruturação da narrativa fílmica, ou de multimídia e hipermídia, e em sua realização) e o desenvolvimento de retóricas convincentes (de boas práticas), quer no meio acadêmico, quer para os públicos e para as funções a que se destinam os produtos resultantes; a análise dos produtos visuais – em primeiro lugar, os produtos resultantes do trabalho dos antropólogos com vista ao estabelecimento de critérios de apreciação, avaliação e aquisição de boas práticas e de formas de aprendizagem da antropologia e do cinema, mas também outros produtos visuais e audiovisuais, elementos da cultura visual10 (discursos visuais e audiovisuais), "o cinema (ficção ou documentário), a televisão, a fotografia, a videomusic, a publicidade, a videoarte, o ciberespaço" (Canevacci, 2001, p. 7-8), que permitam o conhecimento da sociedade e da cultura e o desenvolvimento da teoria em ciências sociais.

A produção e análise das representações fotográficas e concebidas para a tela (écran), ou mais simplesmente a intersecção entre a cultura e os media (Ginsburg, 1999, p. 36).



O campo da antropologia visual inclui três domínios separados, embora interdependentes: 1. O estudo das manifestações visuais da cultura – expressão facial, movimento corporal, dança, vestuário e adornos corporais, uso simbólico do espaço, ambiente arquitetural e construído, os objetos. 2. O estudo dos aspectos picturais da cultura, das pinturas das cavernas a fotografias, filmes, televisão, vídeo doméstico, etc. 3. O uso dos meios visuais para comunicar o saber antropológico. (Pink, 1992, p. 124)

Os primeiros filmes etnográficos tiveram como objeto de estudo as técnicas materiais e rituais, a vida quotidiana de povos exóticos sem fala, e eram mudos. Mas essa vida quotidiana vai ganhando voz e sonoridades (Chronique d'un été, Rouch, 1961). E a voz e as sonoridades tornaram-se importantes objetos de pesquisa. Alguns antropólogos, como Sara Pink, referem manifestações visuais da cultura, aspectos picturais da cultura. Há autores que apontam novos objetos para a disciplina, como a antropologia do objeto, ou a antropologia do design, e a antropologia da arte fortemente relacionadas com a antropologia visual.

Mirzoeff, ao propor a cultura visual como um campo de estudo e ao identificar a necessidade de interpretar a globalização pós-moderna do visual como parte da vida quotidiana (essa questão também foi levantada por Geertz), abre novos campos de observação e análise e novos âmbitos para a antropologia visual.

6. Como repensar atualmente a antropologia visual no âmbito da antropologia?

Nem sempre a relação entre a antropologia e a antropologia visual foi pacífica. Os antropólogos desconfiaram das imagens ao mesmo tempo em que mantiveram uma secreta esperança de que estas lhes resolvessem alguns problemas (o da objetividade). Mantiveram essa insuportável ambigüidade. Porém, desde o início, foram os antropólogos que teimaram em procurar o outro cineasta para compreender o que faziam. Assim integraram fotógrafos e cineastas nas missões científicas e procuraram estabelecer pontes entre os antropólogos e documentaristas (cartas de Rivers a Vertov). Por outro lado, cineastas desenvolviam conceitos importantes para a antropologia espontânea. Robert Flaherty realizava uma metodologia de terreno semelhante à dos antropólogos – longa permanência no terreno, subordinação da experiência local a uma idéia (ponto de vista documental mais tarde desenvolvido por Jean Vigo), participação colaborativa de modo a melhor compreender "o ponto de vista do nativo". Vertov desenvolveu uma teoria da montagem em tudo semelhante ao processo de investigação em ciências sociais – a observação como montagem (construção), a organização dos fragmentos de película em função de índices (hipóteses interpretativas), a montagem final subordinada a uma idéia geral do filme – a da escrita em antropologia. Também os cineastas e os teóricos do cinema procuraram aperceber-se do que se passava do outro lado (Buñuel, Vigo, Grierson11, Wiseman, Depardon ou teóricos do cinema como Bergala, Aumont).

Nos anos 1980, Claudine de France traçava assim o cenário das relações entre a antropologia e o cinema:

Verificaram-se algumas mudanças no filme etnográfico. Os antropólogos utilizam cada vez mais a imagem animada; os que filmavam preferencialmente os povos colonizados, agora tornados independentes, deslocaram os centros de interesse do filme etnográfico; as técnicas de registro e de leitura videográficas ligeiras, miniaturizadas estão à disposição de todos, encorajando os menos ousados, dissipando as últimas resistências ao olhar deste novo meio de investigação e apresentação. A produção de filmes ou de simples documentos filmados está consideravelmente desenvolvida e diversificada. O aumento das produções, constituindo quer inquéritos acabados autônomos, quer integrações "multimídia", ou formas de complemento audiovisual ao inquérito clássico, contribuiu indubitavelmente para o desenvolvimento desta nova disciplina: antropologia visual (Mead), etnocinematografia (Adriaan Gerbrands), para Claudine de France, antropologia fílmica (e praxeologia fílmica), porque o uso da cinematografia dá origem a métodos e procedimentos de (mise-en-scène) encenação próprios e levanta problemas epistemológicos específicos. O filme, onipresente na cena científica, tornou-se o equivalente ao caderno de notas, instrumento do inquérito clássico à obra escrita, à vitrina de exposição. (France, 1989)

Atualmente procura-se, por um lado, situar o filme etnográfico no conjunto de outras práticas dos media, na representação da cultura não apenas como processo de produção mas também de recepção (media como terreno da antropologia) (Banks, 1990; Martinez, 1992; Canevacci). Para Ginsburg, a vitalidade da antropologia visual não dependerá tanto de sua institucionalização12, mas das múltiplas "relações estabelecidas entre o mundo disciplinar da antropologia e o universo mais arrojado da prática de filmes e vídeos" (1999, p. 33) que a possam levar a uma maior integração na antropologia, abrindo-a a novas temáticas, novos terrenos, novas produções.

Nesse sentido, a antropologia visual "abre novos campos de exploração e novos terrenos" e "uma nova maneira de conceber a antropologia" (Piault, 1999, p. 16). Estes, surgidos pelo "efeito singular de sociedade", pela pressão dos estudantes em fazer entrar o cinema na prática de estudo e no trabalho de campo perante a precariedade de inovação nas instituições acadêmicas.

7. O que fazer com a antropologia visual hoje?

A antropologia visual hoje adquire um novo fôlego e uma maior audácia. É um lugar de oportunidades. Medievalistas franceses13 e alemães adotam-na e formulam, dentro da antropologia histórica, uma antropologia das imagens (Jean-Claude Schmitt, Hans Belting). Os historiadores recorrem cada vez mais ao cinema como fonte para outros estudos da história (Marc Ferro, Robert Rosenstone, Peter Burke). Os cineastas e os teóricos do cinema entendem não ser possível o estudo do cinema sem o recurso às ciências sociais e à antropologia (Bergala, Aumont). A antropologia institui o cinema como terreno14 (Weakland, 1995; Canevacci, 1990; Stam & Shohat, 1995).

As tecnologias digitais trazem contribuições inovadoras para as novas práticas de trabalho em antropologia não só como instrumentação de trabalho de campo, mas também de organização e tratamento da informação, realização, montagem, produção e circulação-divulgação, e também como meio e modo de análise. Com efeito, conceitos como o filme como texto15 foram objeto de análise minuciosa, dando-se particular atenção às estruturas formais, introduzidas nos anos 1920 na teoria do cinema e recorrentemente retomadas nos anos 1960 nos Cahiers du Cinéma por Noël Burch, que associa a reflexão teórica a uma observação fina (agudeza de observação) e concreta de seus elementos constituintes e de sua articulação, tornando-se finalmente exeqüíveis com o recurso a softwares de análise de som e imagem (TRANSANA, MARVEL, VIRAGE, ATLAS.ti, HyperRESEARCH).

A política e a técnica de edição em suporte digital (DVD, SVCD e formatos de acesso on-line) tornaram acessível uma ampla base documental, permitindo o desenvolvimento sistemático de estudos e a troca de informação16 entre núcleos de investigadores ao mesmo tempo em que estimulam e modelam o tratamento de arquivos (institucionais ou familiares) ou a criação de documentos visuais e sonoros da memória (história oral).

A cultura visual como marca indelével de nossa contemporaneidade fornece um amplo campo de estudo, por exemplo, a antropologia do design.

A antropologia visual apresenta-se como um campo de investigação e de desenvolvimento de práticas que constituem um desafio aos estudantes e às instituições universitárias no âmbito das atuais mudanças do ensino superior. Constitui-se como amplo campo interdisciplinar entre as ciências sociais e as artes, as ciências e as tecnologias da comunicação. Institui-se como processo simultâneo ou complementar de investigação e produção escrita, audiovisual, multimídia, hipermídia. Desloca-se das temáticas tradicionais de investigação em antropologia para as temáticas atuais, sem no entanto deixar de tratar de toda a tradição antropológica e, simultaneamente, recuperar arquivos documentais das práticas anteriores, criando assim uma relação mais próxima e mais implicada (da disciplina e da universidade) na vida social. Abre oportunidade de empregabilidade não apenas num sentido mais restrito de acesso ao mercado de trabalho, mas de criação de novos empregos (novas práticas), novos "atores da cultura", figuras híbridas, misturando profissionais e amadores, amadores que se tornam os primeiros "profissionais" da expressão do futuro, como é o caso dos internautas, tornando caducas as categorias de "amadores" e "profissionais" (Alard, 1999, p. 25). Simultaneamente virada para o trabalho de campo, para a comunicabilidade, para o trabalho em rede e para as dinâmicas de interação em grupo (ou em comunidades de prática), a formação em antropologia visual remete continuamente à mobilidade dos estudantes e dos docentes não só como estratégias de abertura no âmbito da formação, mas também da produção e como ritual de passagem para a investigação-produção científica que emerge da sociedade e voltada para a sociedade.

Os atuais programas de formação em antropologia, que aos poucos começam a se difundir por toda a Europa e a se adicionar aos tradicionais centros de formação em antropologia visual (EHESS, Universidade de Nanterre, Universidade de Manchester), parecem sensíveis a essas questões. Assim, com as mais diversas denominações, enquadramentos, fundamentações epistemológicas e importância no currículo, institucionalizam-se a antropologia visual e as suas práticas na formação de base em antropologia (1º Ciclo do Ensino Superior). Na LSE School of Economics and Political Science, em antropologia digital centrada em práticas inovadoras de ensino, sobretudo nas disciplinas Ler outras culturas – a interpretação antropológica do texto e do filme e Cognição e Antropologia; na Universidade de Manchester, Antropologia visual e Cultura visual; na Universidade de Lyon, Antropologia da comunicação; a Universidade de Paris VIII oferece uma formação mais variada e completa com História e atualidade da antropologia visual e o Etnólogo e a câmara, no âmbito dos métodos e das técnicas de investigação em antropologia, Técnicas da imagem e do som, Composição pesquisa multimídia, A representação no cinema do real no âmbito da Unidade de Ensino Media e Audiovisual. Na Universidade de Oslo, existe a área de especialização Cultura e comunicação (antropologia, sociologia e meios de comunicação). Na Bélgica, a Universidade de Lovaina, no âmbito do diploma de Estudos Aprofundados em Antropologia (3º Ciclo), além de Ateliê de antropologia audiovisual como um dos campos da antropologia, oferece formação em Dispositivos multimídia interativos – abordagem semiótica e antropo-sociológica, Seminário de investigação sobre a narrativa mediática, Antropo-sociologia da informação e da recepção mediática, inserindo-a numa unidade específica de Tecnologias das Técnicas e dos Saberes.

Na Universidade Aberta, o programa de investigação-formação em Antropologia visual (cultura, conhecimento e media) centra-se em cinco programas que se enquadram no mestrado em Relações Interculturais e no doutoramento em antropologia, com especialidade em antropologia visual:

Antropologia das imagens – estudos das imagens, isto é, estudos das técnicas e dos dispositivos visuais e de seu processo diacrônico – histórias das imagens e da antropologia (imagens como forma histórica), mas também como forma intemporal que o homem jamais deixa de inventar – o imaginário, as imagens mentais. Nesse contexto de imagens materiais e mentais, externas e internas, o cinema constitui a melhor demonstração do caráter antropológico da imagem.

Trabalho de campo e Narrativas visuais digitais – Passagem ao terreno passagem à imagem ou metodologia de pesquisa e de produção audiovisual e multimídia-hipermídia em antropologia.

Vozes e sonoridades locais – estudo das vozes e sonoridades sociais e da construção de sua representação nos produtos audiovisuais e multimídia.

Cultura, sociedade e novas tecnologias – impacto das tecnologias digitais na cultura e na sociedade, na pesquisa em ciências sociais e na relação entre conhecimento e novos media.

Cultura visual – estudo (exploração) das expressões visuais por meio de uma abertura da obra de arte e de outras formas de discursos visuais (design, media, manifestações visuais populares), constituindo uma abordagem multi e interdisciplinar (antropologia visual, sociologia da cultura, semiótica, filosofia da linguagem, tecnologia) e de integração metodológica de antigos e novos métodos de abordagem da cultura e da cultura visual.

Notas

1 Exercício: gravar um telejornal e estudar o que dizem as imagens, o que diz o comentário do jornalista e verificar a brecha que existe entre ambos.

2 Em Portugal, no Museu de Etnologia, existem 14 filmes produzidos com a colaboração do IWF e a orientação científica dos investigadores portugueses Ernesto Veiga de Oliveira e Benjamim Enes Pereira. Esses filmes revelam a prática metodológica do Instituto e as suas limitações. A atividade técnica parece ser o objeto do filme, e a ritualidade do processo está atenuada ou ausente.

3 Ver a esse respeito a obra já extensa de Miriam Ferreira Leite sobre fotografias de família e a investigação coordenada por Roger Odin sobre os filmes de família (1995).

4 Recursos digitais para o ensino em antropologia: http://www.columbia.edu/dlc/dart/; National Anthropological Archives and Human Studies Film Archives: http://www.nmnh.si.edu/naa/.

5 http://www.bodley.ox.ac.uk/external/isca/haddon/HADD_home.html

6 Ver Ribeiro (1993), As imagens da ciência – http://bocc.ubi.pt/pag/ribeiro-jose-as-imagens-da-ciencia.html.

7 "Uma representação pode existir no próprio interior do utilizador; trata-se então de uma representação mental. Uma recordação, uma hipótese, uma intenção são exemplos de representações mentais. O utilizador e o produtor da representação mental são o mesmo. Uma representação pode também existir no ambiente do utilizador como este texto, por exemplo. Trata-se então de uma representação pública. Uma representação pública é geralmente um meio de comunicação entre um produtor e um utilizador distintos um do outro... Cada membro do grupo tem no seu cérebro milhões de representações mentais, umas efêmeras, outras conservadas na memória a longo prazo e que constituem o "saber" do indivíduo" (Sperber, 1989, p. 76).

8 Ver http://www.unige.ch/ses/socio/cours/maggi/Diaporama_presentation.pps.

9 Essa denominação ou esse conceito, elaborado inicialmente por Sol Worth nos princípios da década de 1970, constitui uma abordagem que, segundo Jay Ruby, articula o estudo antropológico de todas as manifestações visuais e pictóricas da cultura – movimento corporal, dança, atuação-representação-encenação, ornamentos, uso do espaço –, com a construção do meio em todas as representações da imagem – pintura, fotografia, cinema, televisão, novos media–, juntando-se a esse objetivo o da preocupação pela produção de imagens com uma intenção antropológica.

10 Recorde-se o que Jay Ruby, acima citado, refere como manifestações visuais e pictóricas da cultura que constituem objeto de estudo da antropologia visual (ou da comunicação visual).

11 O sociólogo e cineasta John Grierson, em 1926, viria mesmo a usar pela primeira vez o conceito de cinema etnográfico como produção criativa baseada na realidade, distinguindo-a de outras formas como filmes de viagem, atualidades, noticiários, reportagens.

12 Só em 2001 a American Anthropological Association (AAA), por meio da seção para a antropologia visual, Society for Visual Anthropology (SVA), criou um guia de avaliação de filmes – http://www.societyforvisualanthropology.org/Resources/svaresolution.pdf.

13 Ver documentação (escrita, visual e sonora) do seminário Histoire des images et des représentations dans l'occident médiéval– http://semioweb.msh-paris.fr/AAR/387/home.asp?id=387.

14 Os estudos antropológicos dos filmes de ficção (feature films) teve início nos Estados Unidos durante a Segunda Guerra Mundial.

15 Falar do filme como texto é considerá-lo como discurso significante, analisar os seus sistemas internos e estudar as configurações significantes que nele se podem observar (Aumont et al., 1989, p. 203).

16 Ver as temáticas do encontro ítalo-francês Etica di Internet que foi realizado em Roma, sobretudo a comunicação de Franco Carlini, Le teorie del dono e le dinamiche dell'altruismo in rete, em http://www.france-italia.it/index.php?lingua=it&menu=1&cont=1804&citta=. Salienta Carlini que a tecnologia criou formas de cooperação anteriormente impensáveis, semelhantes às de uma economia pré-mercantil. Uma cultura difusa, à escala global, baseada na dádiva de bens imateriais (culturais e de conhecimento), que se repercute no modelo de negócio e no comportamento da empresa e da organização.

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